Capítulo 8 - A noite pela praia

domingo, 18 de dezembro de 2011




- Isso aqui a noite é lindo – falei olhando a praia com a lua ao fundo.

- É mesmo.

Tiramos os tênis e fomos caminhando pela areia. Não tinha ninguém na praia, estava totalmente deserta.

- Dizem que banho de praia a noite é ótimo – ele disse sorrindo.

- Deve ser mesmo.

- Vamos? – ele disse já tirando a camisa. Alguma semelhança com o Jacob?

- Você só pode está louco... E se alguém nos pega aqui?

Eu falei mesmo “nos pega”, eu já estava me incluindo nessa loucura?

- Não tem ninguém aqui, agora vira para lá enquanto eu tiro a calça.

- Eu não vou!

- Você sabe que se você não for eu vou te dar um banho de roupa e tudo.

- Como assim? Você acha, mesmo, que eu vou tomar banho pelada?

- Não que eu não vou pelado, vou de cueca. Eu também não sou tão doido.

- Eu não vou e fim de papo.

- Tudo bem, então... – Ele me pegou e ia me colocar nos ombros.

- Ta bom, ta bom. Eu não acredito que eu estou concordado com essa loucura – falei mais para mim mesma do que para ele, eu sabia que ele não me escutaria.

- Agora, vira para lá – ele disse e eu me virei.

Ele jogou a calça jeans dele na areia junto com o tênis e a camisa e pela velocidade do barulho dos passos ele estava correndo.

- Sua vez! – ele disse quando deu um mergulho na água. Eu virei para olhá-lo.

- Eu não acredito que eu vou fazer isso.

- Vai logo, a água esta ótima.

- Vire para lá e não ouse olhar Taylor Lautner!

- Tudo bem! – Ele se virou para o fundo.

- Eu não acredito que eu estou fazendo isso.

- Vai logo – ele gritou do mar.

Eu tirei a camiseta e a calça e deixei junto com as coisas dele na areia. Fui correndo em direção ao mar, com os braços cruzados tentando cobrir os seios.

Graças a Deus, a calcinha parecia mais um shortinho e era um conjuntinho novo, nada de calcinha descombinado do sutiã, nem desbotada e nem furada!

- Ai que água fria – eu disse ainda com a água na cintura e ele virou para mim. – OLHE PARA LÁ! – gritei.

- Desculpa, desculpa, desculpa... – Ele demorou um pouco, mas se virou.

- Pronto! – Afundei de uma vez na água. – Pode olhar agora.

- Desculpa mesmo, foi sem intenção – ele falou tímido.

- Tudo bem! Ainda não acredito que eu estou aqui dentro no meio da noite de calcinha e sutiã com um homem. Meu Deus, o que eu estou fazendo aqui? Isso é culpa sua Taylor!

- É mesmo, mas a água esta ótima, a lua esta linda, está tudo ótimo para mim – ele falou com um sorriso no rosto.

- Taylor, posso perguntar uma coisa?

- Pois não, Carre.

- Porque você... Hum... Como posso dizer... Ficou meio travado quando me conheceu? Ficou calado, o tempo inteiro que ficamos na radio você não falou nada comigo, só veio falar dentro do carro.

- Não sei direito, acho que eu estava esperando uma pessoa diferente.

- Mais baixa? Mais magra? – falei sem entender o que ele esperava.

- Não, não diferente fisicamente, diferente tipo... Que ia sair me agarrando, perguntando milhões de coisas sobre o Robert, pedindo para eu rosnar, essas coisas, só falando sobre o filme.

- Então... Eu decepcionei você é isso?

- NÃO! – ele falou em um tom acima do normal. – De forma alguma, você superou minhas expectativas.

- Hum... Então você preferiu a mim e não uma que ficasse te agarrando?

Ele preferia que fosse eu! Ele disse que me preferia! Eu!

- Vamos mudar de assunto! Como você sempre faz quando não quer falar sobre algo.

Como eu sempre faço, por isso resolvi deixar passar essa.

- Tudo bem, Taylor, sobre o que você quer falar?

- Sobre você, já que você sabe muito de mim queria saber de você também!

- O que quer saber?

- O que te motivou a participar da promoção? – ele perguntou sorrindo.

- Próxima!

- Não, eu quero saber essa! – ele disse com um sorriso no rosto.

- Você, é claro! – falei desviando os olhos dele o olhando para a lua. – Eu pensei que não ia ganhar, sabe, acho que todas as meninas, e quem sabe alguns gays até mesmo o fotografo, Mark, tentaram essa promoção – falei sorrindo.

- É... Talvez – ele falou.

Ficamos um pouco em silencio. E eu comecei a jogar água no rosto dele.

- Para! – ele disse rindo.

- Não! – falei rindo dele e jogando mais água.

- Eu faço você parar! - Ele se aproximou de mim e segurou meus braços entre os cotovelos e os ombros e me puxou para perto dele.

Eu coloquei minhas mãos no peito dele, tentando me afastar.

- Tudo bem, já parei! – eu disse percebendo que ele ainda me puxava.

- Mas eu ainda não.

Ele me puxou ainda mais para perto dele e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele segurou o meu rosto e me beijou, eu coloquei minhas mãos na cintura dele.

Começou em um beijo calmo, mas logo ele passou os braços em minha cintura, me puxando para mais perto, e eu passei meus braços no pescoço dele. O beijo dele é bom, é gostoso, ele me abraça firme, eu estava com uma mão segurando os cabelos dele e a outra arranhado sua nuca. Eu podia sentir nas minhas pernas que ela usava uma cueca boxer.

Quando o beijo acabou nos afastamos.

- Nossa. – Foi só o que eu consegui dizer, o que mais eu podia dizer? Eu sou um gênio mesmo na arte de formar frases.

Ficamos um tempo em silencio, e eu só imaginado aquela cueca boxer, ou melhor a falta dela.

- Já esta ficando muito tarde, vamos? – falei tentando mudar o assunto.

- Vamos! – ele disse sorrindo.

- Eu saio primeiro, você fica ai – falei.

- Tudo bem! – Ele continuava me olhando.

- Vira.

- Ah! Claro! – ele falou obvio se confundindo com as palavras e se virou.

Eu saí e me vesti.

- Pronto – ele se virou para mim e veio andando.

Espera ai, ele estava vindo à água já estava na cintura dele, eu já podia ver a barra da cueca da Calvin Klein, e eu estava de frente para ele. Virei o mais rápido que eu pude e ele começou a rir.

- Se veste logo – eu falei envergonhada.

- Pronto pode olhar – ele disse e eu me virei, mas ele só estava de calça o abdômen todo de fora.

- Vamos?

- Vamos! – Ele vestiu a camisa. E fomos andando segurando os tênis.

- Eu acho que não adiantou muito a gente tirar a roupara para tomar banho, sua camisa esta totalmente molhada – falei olhando para ele.

- A sua não esta muito diferente não.

O hotel não estava muito longe e chegamos rápido, assim que Brian nos viu veio correndo.

- O que aconteceu com você? – perguntou Brian vendo que nós dois estávamos ensopados.

Taylor olhou para ele com um meio sorriso e eu quase ri da cara dele.

- Chuva? – perguntei e comecei a rir.

- Que engraçado, eu não vi um pingo – falou Brian sorrindo.

- Como não viu? Caiu o maior dilúvio – falou o Taylor.

Nós três rimos e depois Brian chamou os outros seguranças. Eles cercaram nós dois e entramos no Hotel. Todo mundo que estava na recepção ficou olhando para a cena, mas não dava para ver muita coisa devido aos 5 homens de 2 metros cada um. Eles abriram a porta das escadas e nos colocaram dentro, certamente para não dar tempo que ninguém tirar uma foto, e subimos para nosso andar pelas escadas mesmo, o elevador deveria ter câmera.

- Preciso urgente tirar essa roupa antes que eu pegue um resfriado – falei entrando no meu quarto.

- Eu também – ele falou entendo no dele. – Então mais tarde agente desce para jantar.

- Tudo bem!

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