Capítulo 2

- Alô – falei tímida.

- Carre!? Achei que não ia atender... – ele falou, certamente com um sorriso.

- Eu não estava conseguindo formular uma frase para responder a mensagem – admiti.

- Eu imaginei isso, por isso liguei. Estou te deixando sem saídas... Quer vir para Los Angeles no final do mês, passar um final de semana aqui?

- Tay... Los Angeles? – falei incerta. – Não pode ser um lugar com menos paparazzi não? Nós não poderíamos colocar um pé na rua.

- Sobre isso, você esta certa! – ele falou um pouco pensativo.

- E além do mais, onde ficaríamos?

- Na minha casa! – ele falou divertido.

- O que? Com seus pais? – falei assustada. – Definitivamente não!

- Você é difícil, heim?! – ele falou sorrindo.

- Não é isso, é que eu não vou me sentir bem... Você vai chegar para o seu pai e falar “Oi pai, essa é a Carre... Ela ta comigo!”.

- Eu não vou falar isso.

- O que você vai falar então?

- Vou dizer “Oi pai, essa é a Carre.... Ela vai dormir comigo” – ele falou e começou a rir.

- Muito engraçado, estou morrendo de rir – falei um pouco chateada.

- Foi brincadeira Carre, desculpa, a gente ficaria em um hotel, é claro! – ele falou.

- Sem chances, e para você sair do hotel? Você sabe de todos os boatos que iam começar!

- Hum... Já sei! – ele falou animado, como se tivesse tido uma grande idéia.

- O que?

- Você pode vir no ultimo final de semana desse mês ou não? – ele perguntou animado.

- Acho que não Tay, são umas 7 horas de carro! É meio perigoso.

- Eu vou buscar você!

- Ah... Solução dos problemas, você dirigindo 14 horas... Não da, Taylor!

- Brian vai comigo... – Ele não desistia.

- Taylor... – Ele me interrompeu.

- Vem, por favor – ele falou manhoso.

Eu sabia que não resistiria a outro “por favor” com essa voz manhosa... Eu não resistia a ele, de qualquer forma.

- Vem, Carre, por favor – ele usou sua voz mais manhosa. – Vou viajar mês que vem para filmar, não sei direito quando volto.

Eu sabia que faria qualquer coisa por ele, isso não era uma novidade.

- Ótimo! – falei sabendo a besteira que faria. – Mas tenho que falar com meus pais antes, ver se eles deixam. Ah, e eu prefiro eu mesma ir dirigindo.

- Ótimo, fale com eles e ligue para mim assim que eles deixarem – ele falou confiante.

- Existe a possibilidade deles NÃO deixarem – falei.

- Eles vão deixar.

- Vou falar com eles – falei.

- Certo!

- Daqui a alguns dias eu te ligo para avisar se vou ou não.

- Vou esperar você me ligar, então – ele falou. – Ah! Agora que você sabe que tem meu número... Pode me ligar!

- Eu prefiro não incomodar... – falei um pouco envergonhada.

- Você não incomoda! Pode, mesmo, me ligar!

- Tudo bem!

- Só toma cuidado para ninguém pegar meu número, porque se acontecesse eu teria que trocar de celular de novo! – ele falou divertido.

- Taylor, nem se preocupe... Ninguém nem acreditaria que eu tenho seu número – falei sorrindo e ele começou a rir também.

Era a mais pura verdade, quem acreditaria?

- Tudo bem então, pode me ligar se precisar de algo.

Eu precisava dele! A todos os momentos!

- Tudo bem, beijos Taylor.

- Beijos Carre. Boa noite!

Eu me sentia tão nas nuvens que mal podia acreditar... Taylor realmente tinha me ligado! Eu tinha outro encontro com ele.

Desliguei o celular e comecei a pensar no que eu inventaria para os meus pais me deixassem ir para Los Angeles. Certamente eles não me deixariam ir por motivos fúteis, como passear. Eu teria que inventar algo sério.