Capítulo 7 - Parque

domingo, 18 de dezembro de 2011




Eu entrei no meu quarto e ele no dele, comecei a tomar banho. Eu não conseguia parar de pensar no selinho que eu dei nele, será que ele ficou chateado? Depois não falou mais, ficou em silencio. Mas eu não podia resistir àquela boca tão perto da minha, eu já tinha resistido o dia inteiro de agarrar ele chegou uma hora que eu não agüentei mais, eu tinha que beijá-lo pelo menos para guardar de lembrança. Esse é o primeiro e ultimo dia que eu vou ter com ele.

Arrumei-me rápido, nada exagerado, calça jeans, camiseta, e um all star vermelho. E saí do quarto. E dei de cara com Taylor saindo do dele, ele não estava muito diferente de mim, calça, camiseta preta, um all star preto, óculos escuros e um boné.

- Já estava indo te chamar! – ele deu aquele sorriso lindo.

- Pronto?

- Claro! Vamos?

- Vamos!

Nós fomos caminhando e conversando besteira.

- Não sei por que a gente tem um carro e um motorista – ele falou.

- É verdade, a gente só usou para vim para cá e vamos usar quando for embora.

- Não sei para que – ele disse com o lindo sorriso que ele tem no rosto. – Eu podia dirigir o carro.

- Eu tenho medo de você no volante você não tem cara de bom motorista – falei e comecei a rir.

- Engraçadinha, pois saiba que eu sou muito bom!

- Quem garante? Acho melhor que eu dirija, afinal sou mais experiente.

- Um ano de diferença não faz de você nenhum Schumacher – ele falou rindo.

- Próxima corrida eu te chamo – falei brincando.

E assim fomos andando ate o parque, pela rua de trás, e não pela praia, pois o parque era na praia. Um segurança nos seguia de longe, eu mal podia notá-lo se eu não soubesse que ele realmente é um. Entramos no parque.

- Montanha Russa! – nós dois falamos juntos e ficamos rindo.

Ele pegou na minha mão e saímos correndo ate a Montanha Russa. Ficamos na fila, ele sempre de cabeça baixa e sem olhar para ninguém.

- Taylor, ela é gigante! – disse olhando para cima.

- Já ta com medo? – ele disse rindo da minha cara.

- Não! Só estou analisando o fato! – disse fazendo uma careta e dando língua, como uma criança. - Vamos é nossa vez! – O empurrei para subir no carrinho.

Fomos à Montanha Russa umas cinco vezes seguidas, e eu filmei uma delas e tirei algumas fotos, nessas horas sempre é bom ter um celular com uma câmera de 5 megapixels.

- Vamos no Evolution? – perguntei.

- Mas... – ele não concluiu a frase.

- Ta com medo é? – eu falei rindo dele.

- Não! Só não gosto de ficar de cabeça para baixo.

- Vamos?

- Tudo bem, mas depois você vai na Casa do Terror!

- Uh que medo! – Fingi que estava com medo.

Eu saí correndo arrastando o Taylor para o Evolution. Ele se mantinha de cabeça baixa para não ser reconhecido.

- Eu adoro esse, justamente porque ele fica de cabeça para baixo, é legal! – falei rindo.

Entramos, sentamos e prendemos o cinto.

- Acho que eu vou enjoar, isso fica rodando e de cabeça para baixo. – ele falou fazendo careta.

- Vai nada, você é forte! – Dei um sorriso para ele.

- Vamos ver!

Fiquei com uma mão apoiada na barra de ferro e segurando o celular, que estava preso ao punho por um cordão, e a outra na minha perna. O Taylor estava com as duas mãos segurando, firme, na barra.

- Pra que tanto medo? O legal é ir sem segurar que você vai meio solto – eu falei rindo e ajeitando a câmera.

- Engraçada, eu quero ir bem preso. – Eu ri dele. E liguei a câmera coloquei para filmar e virei para ele.

- Ta com medo Taylor?

- Não – ele falou fingindo que estava super relaxado.

O brinquedo começou.

- Se solta – eu falei rindo.

Ele soltou uma mão da barra e colocou na minha perna segurando minha mão, eu virei à palma para cima e trancei os meus dedos no dele. Ele sorriu um pouco para mim. Senti que a mão dele era grossa os dedos grossos, dei uma olhada para nossas mãos juntas a cor dele se misturava com a minha e eram parecidas, a minha um tom meio amarelado e a dele meio amarronzado, vi as unhas curtinhas dele, talvez ele roesse as unhas.

A filmagem certamente ficou engraçada, a cara de medo dele, os olhos fortemente fechados e eu rindo. Acabou o brinquedo e nós descemos.

- Como é ruim – ele falou rindo.

- Eu adoro o Evolution – falei feliz.

- Rodar tudo bem, agora ficar de cabeça para baixo é horrível. A pior parte é quando ele para de cabeça para baixo.

- Quer ir onde agora? – eu perguntei a ele.

- Na Casa do Terror.

- Vamos então.

Fomos andando e eu saí na frente.

- Devagar estou enjoado.

- Vem, eu te levo. – Fiquei atrás dele o guiando pelos ombros e rindo

Quase não tinha fila então foi bem rápido.

- Minha vez de filmar – ele pegou o celular dele colocou no modo de filmagem e começou a me filmar.

- Eu não tenho medo – falei tranqüila.

- É o que vamos ver! – ele falou rido.

O carrinho começou a andar, eu realmente nunca tive medo disso, mas essa era demais: totalmente escura só às vezes flash de luz rápido, tinham pessoas de verdade pegando em mim, espirrando água, jogando umas coisas nojentas como umas gelatinas, alto-falantes bem na altura do ouvido dando susto, uma descida repentina, e enquanto eu me desesperava o Taylor ficava rindo. Uma pessoa gritou no meu ouvido e me puxou como se fosse me tirar do carrinho.

- AH – eu dei um grito de medo e fiquei mais próxima ainda do Taylor colocando o meu braço entre o dele e segurado a mão dele, ele entrelaçou os dedos dele nos meus e eu escondi meu rosto no pescoço dele.

Foi o pior erro que eu cometi, esconder meu rosto no pescoço dele, dali eu podia sentir o cheiro e o calor do corpo dele, eu estava muito perto. Eu esqueci totalmente onde eu estava e só prestei atenção nele principalmente no cheiro, um cheiro excelente do corpo dele misturado com um perfume ótimo, ele é muito cheiroso.

- Muito medo? – ele perguntou bem perto do meu ouvido, como eu estava com o rosto no pescoço dele o mínimo virar de rosto que ele deu encostou a boca no meu ouvido, eu me arrepiei imediatamente.

- Um cara ia me tirando do carrinho – falei e ele começou a rir.

E finalmente a rodada acabou e eu pude soltar ele, quando voltamos à luz.

- Foi engraçado. – Ele ria mais.

- Não foi! Essa dá medo de verdade. – Ele continuava rindo. – Pronto Taylor já acabou a graça! – falei.

- Tudo bem, tudo bem... Nada mais que dê medo, nem ficar de cabeça para baixo, tudo bem?

- Ótimo, não podia ser melhor – falei feliz.

- Então para acalmar o seu coração, vamos para o mais monótono.

- Por mim está ótimo.

Fomos para um que rodava o parque inteiro, pelo céu, como um teleférico, era legal ficar só olhando o parque de cima.

- Nossa que lindo ver o parque inteiro daqui – disse encantada com tudo que estava vendo. – Fica tudo lindo – disse olhando para ele e sorrindo, ele também olhava para mim.

- É verdade – ele deu um sorriso. – Me empresta teu celular – ele disse.

- Claro – eu entreguei o celular a ele.

Ele mexeu em algumas coisas e eu continuei olhando o parque, sem prestar atenção no que ele fazia.

- Quer ajuda? – eu perguntei, vendo-o mexer no meu celular.

- Não, só estava colocando na câmera. – Ele apontou para mim. – Sorria!

- Não, Taylor! – eu disse um pouco envergonhada, escondendo o rosto nas palmas.

- Ta então eu tiro uma foto minha! – Ele sorriu e tirou um foto dele mesmo. – Vai... Sorria!

Dei aquele velho sorriso falso e ele tirou uma foto minha, depois tirou uma de nós dois, depois eu tirei algumas fotos da visão de cima do parque e o passeio acabou. Descemos e ficamos andando por um lugar mais vazio do parque, compramos uma pipoca e ficamos comendo.

De repente Taylor parou de andar e me empurrou, me encostando em alguma fila de algum brinquedo e o rosto dele ficou a centímetros do meu rosto.

- Espero que você não se importe de ficar aqui assim comigo – ele falou e eu pude sentir a respiração dele no meu rosto.

- Porque isso?

- Tem uma menina que estava me olhando muito, acho que ela me reconheceu. – Ele apoiou as mãos na grade da fila do brinquedo e ficou ainda mais perto de mim, olhando nos meus olhos. – Você se importa?

- Não claro que não.

Claro que eu me importo, é maldade ficar assim tão perto. Porque ele tinha que ficar assim comigo? Podia ter saído correndo é injusto comigo isso, ele é irresistível demais para mim.

A fila foi andando lentamente e nós fomos acompanhado, mas continuávamos encostados na grade de proteção. Até que chegou nossa vez, ele segurou a minha mão e me puxou para a Roda Gigante, uma cabine dupla, meio fechada. Dando um pouco de privacidade a quem andava.

- Foi por pouco – ele disse com um sorriso.

- É que bom que ela não te pegou. Imagina se ela ver que é você e tira uma foto.

- Seria tão ruim?

- Para você, sim! Afinal ia sair em um milhão de sites que você estava com uma namorada nova – falei e comecei a rir a idéia impossível.

- E para você seria ruim? – ele falou me encarando.

- Sei lá, é uma idéia impossível mesmo! – falei dando um leve sorriso.

Ficamos em silencio, eu podia ouvir a respiração dele e podia sentir o cheiro dele.

- E agora qual será o próximo brinquedo? – ele perguntou.

- Hum... Acho que nenhum já está ficando tarde. Ou você quer ir no Evolution de novo?

- Ou você quer ir na Casa do Terror?

- Agora eu já posso ir de novo, já estou preparada!

- Vamos embora, afinal a menina ainda pode me seguir.

- Certo.

Acabou o tempo na Roda Gigante e fomos saindo do parque. Taylor viu Brian e foi até ele.

- Brian, pode ir na frente para o hotel – falou o Taylor.

- Tem certeza, Taylor – falou Brian.

- Claro.

- Como queira – falou Brian. – Tchau!

- Até já Brian – falou Taylor.

- Tchau – falei sorrindo.

Brian seguiu para o hotel e nós fomos caminhando. Só que dessa vez ele resolveu ir pela praia, pois já era noite e não tinha ninguém.

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