Capítulo 11: Manhã

domingo, 18 de dezembro de 2011

Estava uma manhã clara, olhei pela janela, com cortinas abertas, e vi os raios solares clarearem o ambiente. Percebi as mãos do Gerard ao redor da minha cintura, ele me abraçava por trás, me deixando o mais próximo do corpo dele possível. Tentei me virar para olhar o rosto dele, mas ele acabou acordando.

- Bom dia. – Ele disse soltando as mãos da minha cintura e se espreguiçando.

- Bom dia, desculpa ter te acordado. – Eu virei completamente para ele.

- Eu não estava dormindo, tava esperando você acordar. – Ele deu um sorriso.

- Acordado há muito tempo? – Me espreguicei.

- Nem 5 minutos.

Olhar aqueles olhos ao acordar da melhor noite da minha vida era mágico, olhei os olhos dele o sorriso, fiquei congelada olhando para ele. Eu iria perder tudo aquilo tão rápido.

Em uma reação instantânea beijei a boca dele, estava claro que eu sentiria saudades. Depois de tudo o que aconteceu, ficava cada vez mais difícil ficar perto dele.

- Ficou tudo tão difícil. – Ele disse ainda de olhos fechados e depois abriu.

- O que? – Perguntei confusa.

- Te beijar, sabe, eu tenho que pegar um avião... – Interrompi a frase dele.

- E essa é a ultima vez que nos veremos.

- Eu posso ir te ver, mas eu tenho que fazer pelo menos os shows que estão confirmados.

- Pode ser tarde de mais. Ou melhor, com certeza será tarde demais. – Agora se tronava cada vez mais triste aceitar meu destino.

- Não pensa assim, Sam. – Ele passou os dedos pelo meu rosto.

- Se eu soubesse que ia ser tão difícil, eu nunca teria desejado encontrar você.

- E iria me deixar sem o prazer de te conhecer, sem nunca encontrar esses olhos. – Olhei para ele e dei um sorriso triste. – Eu adoro seus olhos, eles são... Únicos. – Ele falou sorrindo.

- Obrigado, Gerard, para mim os seus que são únicos.

- Obrigado. – Ele me puxou para um abraço.

Era um abraço quente, gostoso, eu podia sentir todo o corpo dele, era uma ótima sensação, meu coração disparava.

- Não faz isso comigo eu tenho que pegar um avião. – Ele me abraçava mais forte. – Os caras já devem está preocupados comigo, eu saí sem dar satisfação.

- Você tem que ir, anda! – Soltei meus braços.

Puxei o lençol comigo e levantei da cama, olhei para ele que ainda estava desnudo deitado, era o ultima vez que eu o veria assim. Peguei minha uma roupa qualquer e fui para o banheiro escovar os dentes e me trocar.

Quando voltei, ele já estava vestido a calça e colocando a camisa.

- Pode usar o banheiro. – Disse sentando na cama.

Ele foi para o banheiro.

- Posso usar a escova de dentes? – Ele gritou do banheiro.

- Claro!

Quando ele voltou já estava totalmente trocado.

- Então, é isso. – Ele disse meio acanhado.

- É. – Disse em um sorriso triste.

- Meu avião sai daqui à uma hora e eu ainda não arrumei nada.

- Eu sei que você tem que ir, não se preocupe, eu sempre soube. E além do mais eu disse que depois disso você podia me esquecer para sempre.

- Eu não vou te esquecer, quando acabar os shows que já estão marcados eu vou te ver.

- Vai ser tarde... – Ele me interrompeu.

- Eu quero seu endereço. – Não era um pedido, era uma ordem.

Escrevi em um papel o endereço do hospital e meu nome e entreguei a ele.

- Adeus Gerard.

Ele segurou meu rosto encostou a testa na minha e me beijou com vontade, o gosto da boca dele era delicioso, ele beijava tão bem.

- Até logo, Samantha. – Eu sentia sinceridade nas palavras dele.

E ele foi embora.

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