Capítulo 2: Noticia

domingo, 18 de dezembro de 2011


Inicio do Flashback


- Sam. – Pelo tempo que eu passei ali meu Médico já me chamava intimamente.

- O que aconteceu Dr. Cornutt? Sua expressão esta péssima. – Ele estava com olheiras de que não dormiu e olhos vermelhos de que muito chorou.

- Minhas noticias não são boas Sam. – Ele aproximou-se do meu leito.

- O que houve? – Perguntei me sentando na cama e ele sentou-se junto a mim.

- Sam... – Ele passou a mão em meu rosto e colocou meu cabelo atrás da orelha.

- Diga de uma vez, por favor, Dave. – Fiz cara de suplicante.

- Duas semanas, Sam... Duas semanas de vida. Talvez um pouco mais... – Ele não conseguiu terminar a frase.

Meu mundo desabou, eu acreditava que poderia me recuperar, acreditava que a cura surgisse tanto quanto aquele jovem médico, de 35 anos Dave Cornutt, nós lutamos juntos. Aquela noticia era tão dura para mim quanto para ele, talvez ate mais dura para ele, pois eu sabia que seria muito difícil, mas ele tinha muitas esperanças.

As lagrimas surgiram em meus olhos sem eu ao menos sentir, era com se eu tivesse um prazo de validade. Chorei ainda mais ao pensar assim, ao pensar que eu não conheceria o amor, nunca ninguém se apaixonou por mim, eu vivia em uma tragédia. E o que me colocava de pé eram uma voz, uma música e uma esperança que acabará de morrer.

Morrer sem conhecer o amor de ninguém a não ser o amor que Dave sentia por mim, um amor de pai com uma filha, um amor recíproco, como se eu realmente fosse filha dele. E isso é horrível de pensar agora, pois eu morreria e ele ficaria.

- Eu sinto muito Sam. – Ele me abraçou e chorou junto comigo. – Eu tentei Sam, eu pesquisei bastante, eu tentei achar a cura, pesquisei qualquer coisa em seu exame que mostrasse o contrario... Mas eu não consegui Sam, me desculpe.

- Não é sua culpa Dave. – Eu chorava em seu peito como uma criança.

- É, Sam, eu sou muito jovem... Você deveria ter procurado alguém mais experiente... – Eu o interrompi.
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- Não é sua culpa Dave. Não se sinta culpado... Isso iria acontecer de uma forma ou de outra.

Ele não podia se sentir culpado, ele não. Ele manteve-se comigo ao longo de 5 anos, ele me apoiava me ajudava, ele não pode se sentir culpado. Eu devia tudo a ele. Eu cheguei a suas mãos quando ainda era muito nova, 15 anos. Ele esteve comigo em todos os momentos.

Deus porque você fez isso comigo? Que mal eu te fiz? É injusto, o que eu poderia ter feito? Passei 5 anos em um hospital, eu era tão nova, 15 anos. Deus, se é que você existe, pelo menos não deixe esse homem que tanto cuidou de mim sozinho. Ele não merece isso!

Ficamos chorando por horas, juntos.



Fim do Flashback

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