Capítulo 12: Começando Novamente

domingo, 18 de dezembro de 2011


Agora com meu sonho realizado e meu ciclo concluído, eu acabaria os dias que me restavam junto de Dave, meu pai.

Eu sentia como se fosse minhas ultimas horas, meu coração quase não batia em meu peito, eu fiquei sob total repouso, para poupá-lo.

- Sam... Sam! – Ouvi Dave gritar.

- O que aconteceu? – Perguntei assustada.

- Lembra que você é a primeira na fila de transplante, porque seu caso é o mais grave? – Ele falava quase sem conseguir respirar.

- Sim, e daí?

- E daí que um paciente acabou de levar um tiro na cabeça e morrer por morte cerebral, eu sei que eu não deveria estar feliz por isso, mas esse coração pode ser doado... Doado para você Sam.

- Para mim? – Perguntei assustada.

- É. Vamos nos preparar para a cirurgia?

- Agora?

- É Sam! – Ele não conseguia segurar a felicidade.

- Vamos.

Eu vesti uma bata e depois os enfermeiros me levaram em uma cadeira de rodas para a sala de cirurgia. A última coisa que lembro é quando foi injetada em minha veia a anestesia geral.

Eu acordei com uma dor no peito, uma ardência, como se eu tivesse um corte profundo no peito. Eu não agüentava nem abrir os olhos, muito menos me mexer.

Depois de muito tempo fui criando forças para abrir os olhos, pisquei algumas vezes para clarear a visão.

- Ela está acordando, ela está acordando! – Falaram algumas vozes juntas.

Pisquei mais algumas vezes e consegui focar minha visão. Aqueles olhos verdes, eu conhecia aqueles olhos, pisquei mais algumas vezes, olhei aquele rosto que eu conhecia. Minha consciência foi vindo aos poucos, era o Gerard, era ele.

- Eu morri? – Disse em uma voz falha, rouca e com a boca seca. – Eu estou no céu? Você é meu anjo?

- Não, você esta viva. – Ele respondeu com um sorriso enorme no rosto.

Olhei para o lado e vi Dave quase chorando de felicidade.

- Deu certo?

- Deu, Sam, você está bem! – Disse Deve quase chorando.

- Eu te amo, pai!

- Eu te amo, filha!

Voltei a olhar para o Gerard.

- Então, você veio.

- Vim, na verdade vim porque eu descobri que você estava errada.

- Errada sobre o que? – Perguntei confusa.

- Quando você disse que eu não te amava. – Ele deu um leve selinho em meus lábios. – Eu te amo, Sam! Eu te amo muito!



FIM!

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